quarta-feira, 11 de abril de 2007

Os mistérios da Velha Montanha

de Machu Picchu, Peru

Dizem que há um túnel que liga São Tomé das Letras (MG) a Machu Picchu, no Peru. Mas mesmo depois de muito chá de coca – não para dar barato, mas para ter fôlego suficiente para encarar a altitude e percorrer a cidadela inteira – será difícil constatar que o dito não passa de lenda. Garantido mesmo é encontrar uma das obras arquitetônicas mais fantásticas já construídas sobre a face da Terra e que no século 16 foi abandonada pelos seus fundadores, os incas, não se sabe bem como nem por quê.


Sem conhecer a roda, os incas construíram a “Montanha Velha” (Machu Picchu, na língua indígena quechua), pedra sobre pedra, em plena selva tropical, a 80 quilômetros de Cuzco, então capital do Império Incaico. Bons administradores, preocupavam-se excessivamente com a comunicação e a segurança dos seus povoados. Por isso, Machu Picchu está situada entre montanhas, sendo as principais Machu e Huayna: a velha e a nova, sendo que os pontos mais altos eram estratégicos para a vigilância local.

As casas e templos de Machu Picchu, construídos em torno de uma praça central, são a maior representação da arquitetura inca. As portas em forma de trapézio e as paredes de granito trabalhado, para que se encaixassem perfeitamente umas nas outras, eram cobertas de palha, garantindo espaços com um clima sempre agradável. Entre as construções, degraus gigantes que além de servirem para a produção agrícola, evitavam a erosão.

Mas um dia, a fortaleza tão estrategicamente planejada ficou deserta. Por desconhecer a escrita, os incas pouco ou quase nada deixaram registrado sobre o fim da era indígena na Velha Montanha. Para o explorador norte-americano Hiram Bingham, que descobriu as ruínas de Machu Picchu em 1911, a “Montanha Velha” pode ter sido o último refúgio inca antes da invasão espanhola a Cuzco. Entretanto, uma das teorias responsabiliza a localização da cidadela. Por causa do difícil o acesso ao vale, os incas se viram ilhados e precisaram fugir, antes de serem encurralados pelos europeus.

Publicado em 10 de dezembro de 2005.

2 comentários:

Anônimo disse...

que blogue bacana!
beijocas,
sarmatz.

Gustavo Fogaça (Guffo) disse...

Não vai escrever sobre Porto Alegre não, hein????

hehe

bj